quarta-feira, 29 de julho de 2009

Do filme Marley e Eu

Um cachorro não precisa de carrões, casas grandes ou roupas de marca, um graveto está ótimo pra ele. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Dê seu coração pra ele e ele lhe dará o dele.
De quantas pessoas você pode falar isso?
Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial?
Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Último post do Economiadas

A festa do segundo dia:

No segundo dia, de quando eu acordei até às 18 horas, choveu em uma magnitude assustadora (quando eu acordei já estava chovendo).
O que eu quero falar sobre isso se a festa é de noite? Sobre o dia... nada!
Só que as festas eram realizadas em uma chácara e lá o chão é de terra. O que aconteceu? Lama pra todo lugar. Perdi as contas do tanto de gente que eu vi caindo até que um resolveu rolar na lama.
Um cara da UEL rolando lá e gritando:

- Cadê a UEM? Vem brigar na lama! (repete 3x)

E eu pensando: Que mané, e ainda acha que alguém da UEM vai ser tonto o suficiente pra pular e brigar com ele...

Mal terminei de pensar e um amigo meu estava dando um pulo de peito na lama.

Lutaram e meu amigo ganhou. Todos começaram a gritar UEM.

Entrou outro da UEL e ganhou do meu amigo.

Aí então entrou o Vitor da UEM pra lutar.
Ganhou do segundo da UEL, de um da Facamp e de dois da FEA (os dois da FEA eram os melhores lutadores de judô da USP-FEA), um deles mais emburradinho quis uma revanche, resultado: Perdeu de novo. Ele ainda ganhou de mais um da UEL e por último de um da Unesp. Simplesmente não perdeu nenhuma luta, opa, perdeu uma sim. Ele quis entrar no ônibus pra voltar para o alojamento e o motorista não deixou, a galera que estava dentro do ônibus começou a gritar: Derruba o motorista também!
Recebeu o apelido de Vitor Belfort.
A luta tinha até juiz falando quem tinha vencido.

Esqueci de falar do meu amigo.

Ele não lutou só duas e ficou com uma vitória e uma derrota (aproveitamento de 50%). Enquanto o povo dava atenção pras lutas principais ele derrubava algumas pessoas que passavam por perto, derrubou até o juiz que levantou e falou que ele tinha vencido. Quase arrumou confusão mas conseguiram contornar a situação.

Os seguranças vendo que aquilo era um esporte saudável nada fizeram porém quando as lutas terminaram eles mandaram os sujos de lama embora da festa.

Comer onde:

Perto do nosso alojamento não tinha muita coisa, ligamos no primeiro dia pra um disk pizza às 19 horas e nossa pizza chegou às 23 horas. Todos os outros que pediram na mesma pizzaria receberam as pizzas antes.
No segundo dia não quis arriscar e chamei uns amigos pra comer numa barraquinha de pastel que tinha ali perto. Comprei um pastel, comi, não gostei e ainda comprei outro. Fome é triste e ser burro pior ainda.
Terceiro dia a gente foi numa barraquinha de lanche que tinha um pouquinho mais pra baixo. O X-Tudo custava R$5,00 reais. Então, com 40 X-Tudos pra fazer, apesar da demora tudo ia bem até a hora que ela errou um nome, era uma briga só pra pegar o lanche, a mulherzinha gritava:
- UM X-TUDO!
E todo mundo saia correndo falando que era dele. Organização nota 10!

No ônibus:

Toda hora dois carinhas que eu não lembro os nomes levantavam lá no fundo e gritavam:

1º Cara: Gente! Vamos cantar uma música?
2º Cara: Vamos, mas qual?
1º Cara: Humm, a 63 do livro. Pega o livro aí.

E cantavam:

Fada, fada querida
Dona da minha vida
Você se foi
Levou meu calor
Você se foi, mas não me levou...

Acabavam de cantar e começavam o teatrinho de novo.

Tinha esquecido de contar

Escrevi outras vezes sobre o Economiadas porém deixei de contar fatos importantes.

Não é qualquer um que vai jogar nos jogos, aquilo é coisa de profissional.

Jogos:

A UEM ganhou por WO um jogo de basquete feminino contra a Unesp, as meninas da Unesp chegaram depois de selada a vitória da UEM e reclamaram um tanto até que o juiz e os mesários falaram que o jogo iria acontecer. A Unesp ganhou o jogo.
Enquanto a Unesp ganhava o jogo de nossas esforçadas meninas eu na arquibancada gritava: Agora vai ficar 1x1, tem que ter “a nega” ou tirar no par ou ímpar.

As coisas que tinham que acontecer durante os eventos esportivos aconteceram quando a UEM estava jogando.
UEM x Unicamp no futebol de campo, jogo empatado em 1x1 e de repente sobem os irrigadores do campo e começam a molhar o gramado. Uma festa... pra torcida.
Enquanto os irrigadores molhavam os jogadores e o campo eu na arquibancada gritava: Pô, ninguém me falou que tinha pausa pra se refrescar, aí até eu conseguia jogar!

ps: Eu não fiquei só na torcida, estou meio fora de forma como consegui perceber nessas férias quando fui jogar bola com meus amigos. Jogamos por pouco mais de uma hora, no outro dia não tinha dorflex que tirassem minhas dores musculares. Joguei vôlei como levantador tendo em vista minha altura avantajada.

O alojamento:

Que maravilha aquele muquifo. Era lindo de ver. Perfeito...
Era apertado e abrigou UEM e UEL, claro que apertadíssimas (muito inteligente quem colocou duas faculdades rivais na mesma escola), sem energia em parte dele (e na parte que tinha as meninas conseguiam acabar com ela ligando milhões de chapinhas e secadores de cabelo ao mesmo tempo), água para o banho era totalmente gelada e a temperatura ambiente estava por volta de 5 graus (isso só no primeiro dia... depois piorou), quase esqueço, depois de um tempo, e com alguns corajosos ainda tomando banho gelado, a água acaba (eu pedi pra tomar banho no caseiro da escola, ele cobrou 3 reais pelo banho, corno!, mas lá pelo menos tinha água quente apesar de ser no modo conta gostas).

Eu dou total apoio pra meninas que reclamaram que a energia da escola acabou em todos os dias. Essas reclamações tem que ser levadas a sério, afinal, mulheres que se prezam precisam de secadores de cabelos e as chapinhas.
Mera coincidência todas precisarem ao mesmo tempo e a fiação da escola era um tanto antiga, tinha mais de 5 anos. Aí a energia acaba mesmo.

Emoção:

Percebi o quanto é emocionante o jogo de handebol feminino, tão emocionante quanto ouvir Chopin quando se está morrendo de sono.
Voltando ao espetáculo. Um jogo recheado de emoções a ponto de cardíaco nenhum poder assistir.
As meninas não fazem absolutamente nada a não ser faltas, quando correm parece que estão andando, um jogo de xadrez é mais movimentado, sem contar a força na hora do arremate.
São tão eficientes para marcar um gol quanto minha sobrinha de um ano é para lavar a louça.
Recomendo para todos, se ainda não assistiu um jogo desses está perdendo tempo, vá até a locadora mais próxima e alugue “jogos de handebol femininos”... pra dormir é melhor que dramin.

Porco:

Como você faz pra saber que uma pessoa não tomou banho durante os quatro dias de Economiadas?
Simples, o banheiro é aquele tipo que várias pessoas tomam banho ao mesmo tempo, só que lá era um pouquinho pior então a galera combinou q só dava pra 2 tomarem banho ao mesmo tempo. No último dia eu tinha acabado de tomar banho e estava me secando quando o cidadão que entrou no banheiro que eu estava usando pergunta:
- Onde liga esse chuveiro, não tem registro?
Obs: O chuveiro não tinha aquele registro de rodar.
Minha resposta:
- Cara, tem uma maçaneta alí em cima perto do cano do chuveiro. Como você não sabe? Você não tomou banho nenhum dia?
Com o rosto um pouco corado de vergonha obtive a resposta que certamente me convenceu:
- Ah, tinha esquecido...
Pensamento: Tinha sim... Acredito!

Mais do mesmo

Mais uma dos apresentadores esportivos na tv e mais um telefonema...

Primeiro os comentários esportivos:

Sou um cara que tem o costume de acompanhar o futebol e acho que me sairia muito melhor que muitos desses apresentadores esportivos que estão hoje na tv.
Estava eu, bem acomodado no sofá, quando começa passar um programa do esporte interativo (que eles querem, diga-se de passagem, mais vender tênis do que apresentar ou discutir futebol) quando o apresentador começa a passar os resultados... dentre eles o Santos 3x3 Barueri.

Comentário do apresentador: E olha que o Barueri saiu ganhando de 3x0, mas o Santos reagiu com o interino Chulapa no comando da equipe e empatou.
Meu comentário (eu falo com a televisão): saiu ganhando de 3x1, veja pelo menos como foi o jogo, pô!

Começaram a mostrar os resultados e os gols de todos os jogos e ele comentando:

Você acompanha agora a vitória de “não sei quem”, o empate de “qualquer time”, e foi indo até que... agora o jogo entre Santos e Barueri.
Aí está o primeiro gol do Barueri, agora o segundo, e eles abriram 3x0 com... Antes de abrir 3x0 um gol do Santos (ué!), agora sim 3x0! (Retardado! O Santos não tinha feito um gol?)
Mas no final do jogo o Santos foi pra cima e fez 3x2 (tô doido! Cara doente... fala que errou!.) e empatou no final com Neimar, final 3x3 (não falou).

Ainda teve um: Flamengo 1x2 Palmeiras.

E como se o Palmeiras tivesse perdido o jogo ele mandou: E olha que o Palmeiras saiu ganhando de 2x0!
Tá, e daí? Além de só falar “e olha que” ainda é um jumento comentando, e depois, se cursando faculdade esses jornalistas são péssimos assim, imagina se não cursarem... São uns brincalhões.

Agora o telefonema:

Agora nas férias estou indo dormir perto das 5 horas da manhã. Ontem tive a felicidade do telefone tocar às 8 e pouco, com um sono do tamanho do mundo, e pro meu azar, acordei e fui atender.

Eu: Alô.
Carinha: Alô, quem?
Eu: Marcelo, (e um tanto irônico falei) ao seu dispor.
Carinha: É da casa do Gilberto?
Eu: Não.
Carinha: Você conhece o Gilberto Ferro de Almeida?
Eu: Sim.
Carinha: E ele está?
Eu: Não.
Carinha: Quando ele chega?
Eu: Como eu já disse, aqui não é a casa dele.
Carinha: E onde ele mora?
Eu: No Mato Grosso.
Carinha: Ahh, no Mato Grosso do Sul...
Eu: Não, no Mato Grosso mesmo.
Carinha: E isso fica aqui em São Paulo?
(Às 8 da manhã eu tive que responder uma pergunta dessas)
Eu: Não ué, é o Mato Grosso p**rra. Aquele que fica pra cima do Mato Grosso do Sul e pra baixo de Rondônia.
Carinha: Mato Grosso?
Eu: Geografia?
Carinha: E você tem o telefone dele?
Eu: Não.
Carinha (já meio bravo): Ele é o que seu?
Eu: Tio.
Carinha (mais bravo que antes): Como você não tem o telefone do seu tio?
Eu: Eu não preciso falar com ele pelo telefone, se você que precisa falar com ele não tem o número, porque eu teria?
Carinha: Sua mãe está?
Eu: Não, chega às 5.
Carinha: Pô, eu saio às 4.
Eu: E?
Carinha: Sua mãe tem o telefone dele?
Eu: Acho que sim.
Carinha: Você pode perguntar pra ela?
Eu: Posso.
(uns 30 ou 40 segundos de silêncio e...)
Carinha: Então?
Eu: Então o que?
Carinha: Perguntou?
Eu: Cara, qual parte do "cheda às 5" você não entendeu?
Carinha: Mas eu saio às 4.
Eu: Ai meu saco. O que eu posso fazer? Deixa recado aí pra alguém ligar depois das 5 horas, vocês trabalham depois das 5 né?
Carinha: Sim, mas sou eu quem cuida desses assuntos.
Eu: Assuntos? Você que sabe, não estou afim de ir correndo daqui até Monte Castelo agora pra perguntar pra ela.
Carinha: Eu deixo o recado então, obrigado. (aquele obrigado básico que tem outro significado)
Eu: Por nada.

Depois das 5 horas na sala de casa:

Eu: Mãe, ligaram pro Betão hoje.
Mãe: O que queriam?
Eu: Falar com ele...
Mãe: E quem era?
Eu: Uiaa, nem perguntei.
Mãe: Legal!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Justiça?

Um tempinho atrás tive que ir até o pequenas causas pra depor pois meu vizinho do andar logo abaixo do meu reclamou que estávamos fazendo muito barulho.
Chegamos lá, meu cunhado, minha irmã, meu irmão e eu, o funcionário que iria cuidar do caso deu oi pra todos, disse que podíamos sentar e se sentou também.
Perguntou para o meu vizinho:

Funcionário: Como o Sr. está?
Vizinho: Estou bem.
Funcionário: Eles continuam fazendo barulho?
Vizinho: Infelizmente sim.
Funcionário: É... é preciso haver uma cooperação da vizinhança.

Esperei algum tempinho pensando que ele iria perguntar pra gente se a gente fazia mesmo barulho, engoli em seco o fato de ser ignorado.
Enfim, esperei em vão, ele sequer virou pra olhar nossa expressão indignada.
Começou a ler uma coisa que não me lembro e disse:

Funcionário: Bom, pra não dar prosseguimento no processo a gente pode fazer um acordo.
Eu: Ótimo, eu acho que é isso que todos querem.
Funcionário: Vocês podem pagar um salário mínimo cada um ou fazer três meses de serviço comunitário.
Eu (revoltado): Você tá louco?? Deixa eu ver se entendi, já somos culpados... Porque isso pra mim está sendo pagar. E não é nem justo porque você está do lado dele
Funcionário: Não são culpados, é só pra não dar prosseguimento e eu não estou do lado de ninguém.
Eu: Claro que não... Entrou e perguntou como ele estava e se a gente ainda estava fazendo barulho, depois concordou com ele e não fez nem questão de olhar ou perguntar nada pra gente, tá super certo.
Funcionário: É que ele que está...
Eu: A gente não tem tempo de ficar trabalhando de graça pra vocês não e nem dinheiro pra pagar nada, eu passo o mês com um salário mínimo, e já pagamos demais por certas injustiças que ocorrem todo dia.
Funcionário: Então eu vou dar prosseguimento.
Eu: Ótimo, ele tem que provar né?
Funcionário: Sim.
Eu: Manda ver.

Saindo do pequenas causas:

Eu: Aeee... vamos ser todos presos!
Minha Irmã: Nem brinca Marcelo.
Meu Irmão: Afff.

Minha mãe veio conversar com o vizinho, perguntou se ele podia tirar a queixa e a gente ia mudar de apartamento. Ele tirou e a gente está mudando.

Quando mudarmos quero colocar uma faixa (pode ser amarela como canta o poeta) escrita:

“Tchau amados vizinho, foi um prazer morar num lugar onde até sem ninguém em casa vocês batiam na porta pra reclamar do barulho”. Ass: Kiss my ass!

terça-feira, 21 de julho de 2009

E assim segue o Brasil

Hoje é para parabéns.

Você deve ter perguntado: Pra quem?

Depois de acompanhar a dramática história do Sarney (que partiu meu coração), a resposta é simples: Pro nosso amado presidente Lula.

Parabéns pro Lula no caso Sarney que tomou uma decisão assaz inteligente de não aceitar a renúncia do Sarney após o “caso” (escândalo jamais) dos atos secretos e um “suposto” (pois sabemos que essas coisas não acontecem por aqui) beneficiamento irregular de familiares por parte do presidente do Senado, e além disso, o presidente ainda interferiu a favor da permanência de Sarney na Presidência do Senado.

Grande Lula!

Quer mais? Então vai: Apoiou a eleição de Evo Morales, que logo depois de tomar posse ocupou militarmente as instalações da Petrobras.

Salve Lula!

Continuando: Tem a eleição de Rafael Correa que ele apoiou e cujo maior sonho é não pagar o que deve ao Brasil.

Agradecemos e damos parabéns também ele ter ficado ao lado dos narcoterroristas das Farc, que a Colômbia atacou em território equatoriano.

Tentar importar para nosso país a luta entre israelenses e palestinos, justo aqui, onde árabes e judeus convivem bem entre si, brasileiros que são.

Conseguiu intervir na política interna de um país vizinho, fornecendo gasolina para que o presidente venezuelano Hugo Chávez pudesse derrotar os grevistas da Petroleos de Venezuela e apoiando sua polêmica decisão de fechar a TV oposicionista.

Cara bão!

A melhor de todas foi: Vestir-se com roupas de colonizador inglês na Índia para esperar, na selva colombiana, uma libertação de reféns que não ocorreu.

Tem o caso dos assassinatos que ele ficou do lado da Rússia e também celebrar em Sirte, na Líbia, cercado de ditadores, como o próprio presidente da Líbia, Muammar Kadafi, e de líderes políticos cuja legitimidade foi posta sob suspeita pela comunidade internacional, como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, os avanços nas trocas comerciais entre o Brasil e os países árabes e africanos.

Deveria eu chamar ele pra tomar um drink?

Mas isso são apenas algumas marolinhas...

Está na fase de empurrar problemas com a barriga e mostrar a total descaracterização do PT.

Lula pra 2010!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Malandro que é malandro não é Mané"

Você já notou que as pessoas no Brasil tem a mentalidade que ser esperto é ser safado, e pior, isso pra certas pessoas é bom, chama atenção e ganha admiração de muitos.
Ser esperto é sonegar imposto, não pagar uma multa, cortar a fila, fazer as coisas por debaixo dos panos e sair por cima como se fosse o “bonzão”, ser corrupto, inventar aquela mentirinha pra se safar (talvez colocando a culpa em outra pessoa que não tinha nada com a história), enganar os outros com religião. Quanto mais você faz os outros de idiota melhor.
Tudo que está errado, o famoso “jeitinho brasileiro”, arruma, a falta de educação virou desculpa para o mau humor, os valores se inverteram, ser honesto é ser burro, ser generoso/solidário é o cúmulo, ter caráter te transforma num ET, compaixão e integridade fugiram do nosso dicionário, educação é lenda e determinação é para perdedores que querem subir na vida.
Nos Estados Unidos as pessoas são robotizadas e em qualquer situação as pessoas pedem desculpa, falam com licença, obrigado e por favor, eles não furam filas e os valores bons são os bons por lá. Reconheço que eles tem uma falta de conhecimento sobre o resto do mundo e também tem o fato deles acharem que são seres supremos no planeta, mas ao meu ver, é muito melhor que sejamos robotizados e sem querer a gente aja educadamente do que sermos todos iguais de forma mal educada.
O que eu penso é que isso pode se dar porque o povo brasileiro está atrelado a leis (que também sempre conseguimos distorcer e achar brechas) enquanto os outros povos, europeus e americanos estão atrelados aos costumes, ou talvez o Brasil também esteja atrelado a um costume às avessas, assim como o parlamentarismo às avessas que só existiu aqui, costume esse que começa no governo e faz a cabeça no país inteiro.
No Japão, o governo elaborou um plano para movimentar a economia, dar 100 dólares para cada cidadão, jovens até 18 anos e aposentados ainda ganhariam um extra. Sabe qual foi a reação da população? Mais de 60% da população acreditou que o esquema não era necessário, essas pessoas disseram não ter certeza se aceitariam a oferta.
Imagine se isso fosse feito aqui no Brasil, o que teria de pessoas entrando duas vezes na fila pra pegar o dinheiro, esquecendo que já tem mais de 18 anos, achando que já se aposentou, ensinando os filhos menores de 5 anos a pedir o dinheiro pra comprar chiclete.
Parte dessa culpa talvez se dê por causa dos valores traçados e deturpados por uma mídia nacional que mostra o “espertão” como uma coisa boa, faz-se a apologia de uma esperteza sacana quando deveriam fazer o contrário, um vendedor, por exemplo, é considerado esperto e muito valorizado se ele souber como envolver o cliente iludindo-o para que ele adquira seu produto, ou seja, esperto é na verdade um enganador.

Não aguento mais!

Não aguento mais pastores na televisão fazendo propaganda de igrejas que só sugam da população, compram as almas e quem tem que pagar é quem vendeu.
Diga-se de passagem agora tem igreja por todos os lugares, em cada quarteirão percebemos uma igreja diferente cheia de “pessoas de fé”, mas se você acha que isso é um transtorno não se aborreça pois para nossa comodidade não precisamos nem sair de casa pra assistir aos cultos e as pregações, afinal, a televisão está cheia de programas de religião, das mais variadas possíveis, cada canal tem um pastor (ou até vários), a TV que deveria ser um meio de comunicação, combater essas formas bisonhas de enganação e orientar os telespectadores, está vendendo seus horários para igrejas que se aproveitam daquela parte da população que é mais carente de cultura. A TV Record inclusive pertence à igreja universal do reino de deus.

Já soltaram umas pérolas do tipo:

- Tudo é miçanga, só deus é jóia!
- Isso é roubo, meu irmão, você nasceu pra ser cabeça, não cauda!
- Vamos pisar na cabeça do diabo; o Diabo só conhece o número do meu sapato.
- Você não é obrigado a fazer sua doação, só doe se você achar que deus merece.

Vivem falando que o diabo faz isso, faz aquilo, mas se a gente parar pra pensar eles é que são o “diabo”, conseguiram transformar a religião em comércio e daqueles bem lucrativos. Pregam religiões esvaziadas de conteúdo e fazem culto ao dinheiro e a aparência (assim como as novelas da Globo).

Como diria o poeta Humberto Gessinger:

É preciso fé cega e pé atrás
Olho vivo, faro fino e... tanto faz.
É preciso saber de tudo e esquecer de tudo:
Fé cega e pé atrás.
Tá legal, eu desisto: tudo já foi visto.
Olhos atentos a qualquer momento: é preciso acreditar.
Tudo bem, eu acredito: tudo já foi dito.
Olhos atentos a todo movimento: é preciso duvidar.
Viver não é preciso e nem sempre faz sentido.
É preciso muito mais fé cega e pé atrás.
A neblina encobre o Cristo e a lagoa se ilumina com edifícios de cabeça pra baixo e refletores do Jockey Club. Na outra janela o sol sempre brilha, o risco é calculado: vídeo-guerra, vídeo-reino-dos-céus!

Ahhh... Programas cultos (e não cultos, qualquer que seja) urgente!!